Quando falamos em teste de estanqueidade de gás, é importante saber também sobre a sua normatização. Saiba mais sobre o como é o procedimento do ensaio em redes novas e a norma que o rege.
Procedimento do ensaio de estanqueidade
O teste é dividido em suas etapas, cada qual com características próprias e passos a serem seguidos.
Na realização da primeira etapa do ensaio, devem ser observadas as seguintes atividades:
a) todas as válvulas dentro da área de prova devem ser ensaiadas na posição aberta, colocando nas extremidades livres em comunicação com a atmosfera um bujão para terminais com rosca ou um fl ange cego para terminais não roscados;
b) deve ser considerado um tempo adicional de 15 minutos para estabilizar a pressão do sistema em função da temperatura e pressão atmosférica, ou de eventuais bolsas de ar na tubulação;
c) a pressão deve ser aumentada gradativamente em intervalos não superiores a 10 % da pressão de ensaio, dando tempo necessário para sua estabilização;
d) a fonte de pressão deve ser separada da tubulação, logo após a pressão na tubulação atingir o valor de ensaio;
e) a pressão deve ser verificada durante todo o período de ensaio;
f) caso seja observada uma diminuição de pressão de ensaio, o vazamento deve ser localizado e reparado. Neste caso a primeira etapa do ensaio deve ser repetida;
g) uma vez finalizada a primeira etapa do ensaio, deve-se fazer uma exaustiva limpeza interior da tubulação através de jatos de ar comprimido ou gás inerte, por toda a rede de distribuição interna.
Esse processo de verificação é então repetido quantas vezes forem necessárias até que o ar ou gás de saída esteja livre de óxidos e partículas. Vamos então para a segunda etapa do ensaio, que consiste na realização das seguintes atividades:
a) os reguladores de pressão e as válvulas de alívio ou de bloqueio devem ser instalados, mantendo as válvulas de bloqueio na posição aberta e as extremidades livres em comunicação com a atmosfera fechadas;
b) pressurizar toda a rede com a pressão de operação;
c) a fonte de pressão deve ser separada da tubulação, logo após a pressão na tubulação atingir o valor de ensaio;
d) ao final do período de ensaio, se for observada uma diminuição de pressão de ensaio, o vazamento deve ser localizado e reparado. Neste caso a segunda etapa do ensaio deve ser repetida.
Purga do ar com injeção de gás inerte
Trechos de tubulação com volume hidráulico acima de 50 L (0,05 m3) devem ser purgados com injeção de gás inerte antes da admissão do gás combustível, de forma a evitar probabilidade de infl amabilidade da mistura ar + gás no interior da tubulação.
Nesses casos, os produtos da purga devem ser canalizados para o exterior das edificações em local e condição seguros, não se admitindo o despejo destes produtos para o seu interior. A operação deve ser realizada introduzindo-se o gás continuamente, não se admitindo que os lugares da purga permaneçam desatendidos pelos técnicos responsáveis pela operação. O cilindro de gás inerte deve estar munido de regulador de pressão e manômetro apropriados ao controle da operação.
Devem ser tomados cuidados especiais para evitar que o gás inerte venha a baixar o teor de oxigênio do ambiente a níveis incompatíveis com a vida humana.
Admissão de gás combustível na rede
Trechos de tubulação com volume hidráulico total de até 50 L (0,05 m3) podem ser purgados diretamente com gás combustível. É importante observar que, antes de iniciar o abastecimento da linha com gás combustível, deve ser verifi cado se, em todos os pontos de consumo, as válvulas de bloqueio estão fechadas ou se a extremidade da tubulação encontra-se plugada.
Todos os elementos que favoreçam a ventilação nos ambientes onde existam pontos de consumo devem permanecer totalmente abertos, como portas, portões e janelas que se comunicam com o exterior. A admissão do gás combustível deve ser realizada introduzindo-se este lenta e continuamente, não se admitindo que, durante esta operação, os lugares dos aparelhos a gás permaneçam desatendidos pelos técnicos responsáveis pela operação.
A purga do ar ou do gás inerte é feita através dos aparelhos a gás, garantindo-se uma condição de ignição em permanente operação (piloto ou centelhamento), até que a chama fique perfeitamente estabilizada. Devem ser tomados cuidados especiais para evitar que, no caso da purga do ar ter sido realizada com gás inerte, este venha baixar o teor de oxigênio do ambiente a níveis incompatíveis com a vida humana (Fonte: ABNT NBR 15526)
Nós da Bee Engenharia, que realizamos teste de estanqueidade de gás – com emissão de laudo de estanqueidade e ART – bem como ofereceremos soluções para sistemas de gás canalizado em comércio e residência das regiões metropolitanas de Campinas, Jundiaí e São Paulo, estamos aptos a realizar o cumprimento destas diretrizes e, reforçando, sempre seguindo as principais normas brasileiras, entre elas a destacar NBR 15356 e NBR 15526.