Antes de começarmos a tratar o uso correto dos botijões de gás transportáveis, é necessário esclarecermos algumas definições: qual o tipo de gás ele armazena, como ele atua e qual a diferença do “botijão” não transportável – a denominação correta será cilindro ou tanque estacionário.
O gás em questão é o GLP. Define-se isso, pois existem outros gases combustíveis – entre eles Acetileno e Hidrogênio. Ele é o gás mais utilizado em nosso país, devido a uma série de fatores, que serão destacados em um artigo futuro.
Os modelos de botijão de gás GLP mais usuais são: P2 (muito utilizado para lampiões e atividades que requerem manuseio prático e alta pressão, pois geralmente não utilizam regulador de pressão), P20 (utilizado em empilhadeiras e devido a sua concepção pode ser posicionado na horizontal), P45 (utilizado em comércios e locais que tenham uma demanda elevada em relação aos usos residenciais convencionais) e o P13 (o mais comum, utilizado em muitas casas e o demonstrado na figura desta página). Os cilindros não transportáveis – o mais comum é o P190 – ou tanques estacionários abastecem elevadas demandas simultâneas (condomínios multifamiliares, comércios com elevado consumo de gás). Para estes casos são necessárias condições de instrumentação e equipamentos mais específicos para um abastecimento seguro e apropriado ao seu respectivo usuário.
O cilindro de gás não deve ser localizado na parte interna do imóvel, pois se trata de um reservatório de um combustível invisível que contém em seu interior uma pressão considerada elevada para conviver junto com uma família ou mesmo dentro de uma empresa. O correto é fazer a instalação em um local externo, bem ventilado, trancado por uma grade que impossibilite vandalismo ou manuseio por pessoas inabilitadas, destacando que esta grade deve possuir a maior ventilação possível.
O cilindro de gás deve sempre estar na vertical – exceção feita às empilhadeiras, conforme mencionado anteriormente. Dentro do cilindro o GLP apresenta-se em forma líquida e ele tem esta concepção de construção justamente para que o seu conteúdo fique sempre nesta condição.
Nunca proporcionar exposição ao calor excessivo, pois mesmo sendo projetado para aguentar certos limites de temperatura, estes podem ser ultrapassados e acidentes podem vir a acontecer.
Manuseá-lo com imprudência, submetendo-o a choques e colisões com outros cilindros us a superfícies rígidas podem danifica-lo ou até mesmo comprometer a sua durabilidade.
Cilindros de P13, num passado não muito distante, foram utilizados para uso veicular. Na maioria das vezes, através de ligações clandestinas – pois não há regulamentação legal para o uso de GLP em veículos. Certa vez um usuário de um veículo nestas condições foi abastecer seu carro num posto provido de gás natural veicular (GNV). Além do tipo de gás ser diferente há uma diferença brutal na capacidade de pressão que o cilindro de GLP suporta. Desta forma, o cilindro que foi projetado para suportar até 15 bar de pressão foi submetido a uma pressão em torno de 200 bar – não precisa ser um entendido em unidade de pressão para perceber que o cilindro recebeu uma carga superior a doze vezes a sua capacidade. Só para finalizar este assunto, o porta-malas – local onde o cilindro estava localizado – abriu como o desabrochar de uma flor. Felizmente não houve vítimas.
Estas são algumas observações que são fundamentais para a boa utilização dos cilindros transportáveis. Para maiores detalhes é recomendado consultar sempre uma empresa séria que defina rígidos critérios, esteja balizada nas normas técnicas nacionais e internacionais vigentes. Nós da Bee Engenharia, que realizamos teste de estanqueidade de gás – com emissão de laudo de estanqueidade e ART – bem como ofereceremos soluções para sistemas de gás canalizado em comércio e residência das regiões metropolitanas de Campinas, Jundiaí e São Paulo, estamos à disposição para este atendimento e sempre seguindo as principais normas brasileiras, entre elas a NBR 15356 e NBR 15526, pois não basta utilizar o gás para o seu conforto; é preciso segurança sempre!